terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A Arca de Noé

O texto de hoje foi adaptado de artigo publicado na revista Defesa Nacional, nº 671, 1º trimestre de 1977. 
Um dia Absalão andava pela ravina, quando de repente uma nuvem de fumaça apareceu e uma voz chamou seu nome. Absalão ficou apavorado. Só podia ser o Criador.
- Absalão, disse a voz, não estou contente com os homens! Guerreiam entre si, e só defendem interesses pessoais. Farei chover por 40 dias e 40 noites até cobrir a Terra de água. Isso será conhecido como Dilúvio. Construa um barco para você e sua família e coloque um casal de cada ser vivo. Você terá 4 meses!
Absalão não conhecia nada de barcos, e se lembrou de um engenheiro naval chamado Noé. Imediatamente o procurou e no dia seguinte se encontraram. Noé informou que ali mesmo tinha uma floresta com madeira apropriada e em quantidade suficiente. Disse também que o barco ficaria pronto em 1 mês e para isso seriam necessários mais 10 carpinteiros.
Logo Absalão se lembra de seu auxiliar na cruzada santa, seu amigo Roboão. Tenho certeza de que virá trabalhar comigo. Não demorou muito para Roboão estar na sua presença.
- Mas chefe, se o técnico disse 10 carpinteiros, precisamos de no mínimo 15. O senhor sabe, tem as faltas, as doenças, "turn-over"... E para selecionar bem 15 homens, temos que explorar um universo de pelo menos 150 a 200 carpinteiros. Levarei algum tempo.
- Confio em você Roboão, achei o Noé muito simplista.
Naquela noite Absalão dormiu tranquilo. Em 3 dias já tinha um técnico e um especialista em pessoal.
No dia seguinte Roboão chega com boas notícias:
- Já temos 5 homens anunciando no povoado e oferecendo 5 dinheiros. Temos assim, 5 recrutadores e 10 examinadores para a fase de seleção. A propósito, não quero responsabilidades com o numerário. O que o senhor acha de termos um gerente financeiro para o Empreendimento?
- Bem lembrado Roboão!
- Não se preocupe. Farei pessoalmente a seleção.
Passaram-se 15 dias e o organograma proposto já estava na mesa do Presidente. Uma Diretoria das Coisas (DC), uma de Investimentos (DI) e uma de Barco (DB).
Chega o 20º dia.
Absalão recebe Noé em sua residência.
- Senhor Presidente o projeto do barco já está pronto e o pessoal do Grupo de Trabalho do Barco (GT-Bar) ainda não foi nomeado. O material já foi especificado e ainda não conseguiram contratar nenhum carpinteiro. Se o senhor me permite...
- Não se preocupe Noé. Falarei amanhã com o DB e com o DC e apressarei a contratação do pessoal. Você sabe, apesar de ser o presidente, não posso mudar as normas da organização autorizando diretamente seus carpinteiros. Não se preocupe que o Empreendimento está nas mãos de profissionais. Boa Noite Noé!
Chega o 25º dia.
- Roboão, a quantas anda a contratação dos carpinteiros?
- Ora chefe, o senhor sabe que já aumentamos a oferta salarial e nem assim conseguimos candidatos aptos. Eles sequer passam no psicotécnico. Estou pensando em recrutar carpinteiros em outros povoados e através da Internet.
Chega o 80º dia.
Absalão se lembrou do prazo e desabafou com Roboão.
- Veja só. Faltam 40 dias e a Divisão de Importação diz que há crise de transportes e a madeira só chegará em 10 dias. O pessoal de PO, OSM e Informática já fizeram de tudo para diminuir o caminho crítico sem sucesso. Quero uma reunião com os Diretores.
- Mas Presidente, perguntou Roboão, faltam 40 dias para que?
- Para o dilúvio, meu filho, para o dilúvio!
Chega o 100º dia.
- Senhor Presidente, em nossos arquivos não constam os exames de admissão de Noé e nem sabemos se ele é mesmo engenheiro naval!
- Sim, a culpa é minha, falou o Presidente, mas quando contratei Noé ainda não existiam as normas do Empreendimento.
- Esse Noé é um oportunista, querendo se fazer passar por engenheiro naval, sem ter frequentado nenhum curso regular!
- Não há outra solução senhor Presidente...
- Noé está despedido! Roboão providencie a papelada...
Noé ficou furioso e estava disposto a sair daquela terra e o caminho mais fácil era pelo rio. Partiu para a floresta e reuniu 5 carpinteiros.
- Amigos, disse Noé, vamos cortar estas árvores bichadas mesmo. Construiremos um barco e sairemos daqui! Levaremos alguns animais a bordo para comer na viagem. Em poucos dias, o casco do barco já tomava forma.
Chega o fatídico 120º dia.
O Presidente acordou preocupado.
A madeira já tinha chegado, mas só havia 3 carpinteiros e o que era pior, o órgão regulador da época havia libertado todos os animais que iriam ser levados no barco, apreendeu a madeira, encontrou 56 não-conformidades no projeto, aplicou uma multa escandalosamente alta, cancelou a licença do Empreendimento, e ainda publicou um novo regulamento técnico que atrasaria o projeto em 4 meses além de duplicar os custos.
E uma chuva forte começou a cair.
Absalão correu para fora seguido de Roboão. De repente Roboão gritou:
- Chefe, há um barco descendo o rio. Veja na proa, está escrito ARCA DE NOÉ!
- Putz!
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Pronto, está dito!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Restaurantes


Quero compartilhar dicas importantes para quem frequenta restaurantes. 
Quase todos chefs de cozinha usam alguns truques para agilizar o preparo ou economizar ingredientes.
Pedir o prato do dia achando que se está comendo o que há de melhor na casa, por exemplo. Todo mundo acha que está comendo ingredientes fresquinhos, escolhidos a dedo pelo chef. Só que muitos dos restaurantes aproveitam o prato do dia para utilizar produtos com data de validade quase vencida.
Comer peixe às segundas-feiras é outra armadilha. A chance de você comer na segunda um peixe que está na geladeira há quatro dias é de quase 100%. Em geral, as boas casas recebem duas a três entregas de peixe fresco por semana. O carregamento de sexta é o mais turbinado porque vai sustentar o movimento até terça, quando chega um novo carregamento. Ou seja: o peixe de segunda é o de sexta, que foi pescado na quinta. Como nem todo mundo conhece o rol de fornecedores dos restaurantes, sugiro pedir o prato as terças e sextas-feiras. Outra observação sobre peixes é: Depois de três dias de ressaca no mar, não há quem sirva peixe fresco.
Agora vamos ao filé. Uma peça de filé mignon passa por vários estágios até se transformar em escalopinho. Tem restaurante em que o medalhão de filé que sobra vira escalope ou algum prato empanado, tipo bife à milanesa. Quando já está no limite da validade ele é moído e transformado em molho à bolonhesa.
Quem frequenta restaurante japonês deve ter cuidado com a reciclagem. Sabe aquela saladinha verde com uns nacos de kani-kama? Pois bem, pratos que usam carne desfiada, não passam de maneiras criativas de reaproveitar um alimento.
Os melhores dias para ser bem atendido nos restaurantes são as terças, quartas e quintas. Mas o melhor dia é a quarta-feira. Para ter certeza de estar comendo produtos frescos, só há uma saída: escolher restaurantes muito movimentados, onde quase não há sobras de comida. Também vale à pena escolher pratos que sejam a especialidade da casa, que tem mais saída e, por isso, muito mais chances de serem frescos.
No domingo e na segunda muitos dos ingredientes já não são tão frescos. Na sexta e no sábado, a comida é fresca, mas o chef não pode prestar tanta atenção no preparo do prato porque está sobrecarregado. 
Outra coisa que considero importante é não pedir um prato quando a especialidade da casa é outra. É simplesmente loucura.
Aproveite as dicas e boa refeição!

Pronto, está dito!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cidade maravilhosa

Quem inventou que vivemos na cidade maravilhosa?  
Vivemos numa cidade imunda. Em todos os cantos há sujeira. É claro que muito disso é culpa do povo, com pouca instrução e consciência para medir as conseqüências de suas ações. Como faltam lixeiras em tudo que é lugar fica difícil identificar se o problema cultural é culpa do descaso público ou vem de casa. As fotos ficam lindas do alto ou de longe, bem longe. 
Além da sujeira temos as favelas. De tantas favelas, nossos governantes super dedicados, estão tentando humanizar estes locais construindo teleféricos para o turista mas a população da favela quer mesmo é rede esgoto, creche, saúde e segurança. 
E ainda temos a violência. Nisso somos campeões. Na verdade somos o Estado do Sudeste com o maior índice de tudo que é ruim. Culpa da polícia corrupta? Não sei dizer mas vejo muitos de nossos policiais envolvidos com o tráfico ou com a milícia. Os honestos estão morrendo dia a dia assim como as pessoas comuns. E a violência está voltando com força nos lugares "pacificados", sem falar nos arrastões que voltaram às praias.
A maior parte da mão de obra é informal. Ambulantes ou de algum emprego do tipo Sub. Não temos indústria. Ela foi embora graças à violência. Sobrou a do petróleo por falta de opção pois está no nosso litoral. Somente por isso.
Temos um sistema de transporte público sofrível, que na verdade é privado com subsídio público. E todos conhecem bem a incompetência do nosso estado para regular estes serviços.
Estamos gastando bilhões quebrando viadutos, construindo novas estações de trem (onde já existia uma) apenas para atender partidas de futebol, enquanto várias estações por onde circulam os trabalhadores em estado precário. 
É por isso que não vejo nada de tão maravilhoso que mereça o título.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Disney

Em outubro último estive em Orlando para comemorar o aniversário da minha filha. Fomos a vários parques da Disney e com o pouco que vi foi suficiente para ficar impressionado. A organização, a educação, o respeito às regras, a limpeza. Tudo começa com a nossa chegada ao aeroporto. As filas são bem organizadas com funcionários orientando, placas indicando locais, enfim, você consegue ver que é possível que as coisas funcionem. Depois foi a vez do aluguel do carro. Após a identificação e confirmação da reserva, a recepcionista nos orientou onde pegar o carro. Chegando ao local, que ficava no estacionamento ao lado do aeroporto, o carro (novo, com mil km rodados) já estava nos esperando com a chave no contato, limpo e com tanque cheio. Foi só apresentar a habilitação e sair rodando. Fomos ao shopping e depois para o hotel. No caminho, pistas largas e bem sinalizadas onde todos respeitam o trânsito. Mas vamos ao que interessa: os parques.
Todos eles sem exceção são bem organizados, bem sinalizados, bem cuidados; não se vê ferrugem, ou sujeira de qualquer tipo no chão, ou lâmpada queimada, até as lixeiras são limpas! A diferença com nossa realidade é tão grande que não tenho esperança de ver o mesmo acontecendo por aqui, pelo menos pelos próximos 200 anos. Além disso é um grande negócio; a cada saída de brinquedo tem uma lojinha vendendo suvenires.
O passeio vale também para os adultos. A minha filha adorou a viagem e eu também me diverti bastante não somente pelos parques mas pela experiência de vida e pelo contato com outra cultura. Agora quem aproveitou mesmo foi minha esposa, ela ficou deslumbrada com tudo e com razão. Realmente foi maravilhoso e marcante. Por isso tudo que já foi dito é um tipo de viagem que eu recomendo.

Pronto, está dito!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Comunicação e expressão

Há exatos onze anos, viemos morar no Rio de Janeiro. A adaptação foi lenta e várias coisas me incomodavam. Entre elas a violência, a sujeira da cidade e os palavrões e gírias que o carioca está acostumado a falar sem perceber.
A violência melhorou com as UPPs, a sujeira aos poucos também está melhorando com a lei municipal que foi criada, e os palavrões não me incomodam mais; até eu estou falando e isto sim me incomoda.
A lista é vasta por isso selecionei poucos para citar.
Vou começar com o "Prá caralho". Esta expressão tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. "O céu tem milhões de estrelas. Claro que não, o céu tem estrelas prá caralho".
Do mesmo gênero mas expressando a mais absoluta negação está o "Nem fodendo!". O "Nem fodendo" é irretorquível, liquida o assunto. Sabe aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir pra balada? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa.
Agora pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante, qualquer "Pu-ta-que-pa-riu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo para se reorganizar.
Já o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta a autoestima. O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na constituição brasileira. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio quando passado o limite do suportável solta: "Chega! Quer saber mesmo de uma coisa? Foda-se!".
Entretanto, o que mais utilizo ultimamente é o "Caguei!". Ele te dá a sensação de liberdade absoluta, não importando a opinião ou atitude de ninguém. Fica mais ou menos assim: "Não gostou do texto? Caguei!".

Pronto, está dito! 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bendita tecnologia


Na minha infância gostava visitar minha avó paterna. Ela foi uma pessoa muito especial não somente para mim, mas para toda a família. Todos gostavam dela. No fundo de sua casa tinha uma horta que tinha quase tudo em verduras, legumes, temperos e ervas. Era um mundo a ser explorado. E não era só isso. Tinha o sítio, e como era legal brincar com o carro de boi!
Pra quem não conhece, o carro de boi é dotado de um chassi que não possui o diferencial e por isso suas rodas travam ao fazer curvas e emite um som estridente característico, chamado de canto ou lamento que anuncia a sua passagem. Existia até concurso para ver qual carro fazia o maior barulho.
Vivia-se muito bem sem aparelho de TV ou telefone. Havia apenas o rádio e a conversa entre as pessoas. As visitas eram frequentes e tinha a broa de milho com café no lanchinho da tarde. Tudo feito no fogão à lenha é claro. Tinha outro gosto, que infelizmente não consigo descrever; só quem já experimentou sabe do que estou falando.
Pena que esse tempo acabou! Estamos na era da informação, onde acessamos todo o conhecimento da humanidade em segundos através de uns poucos toques no celular. Tem também as redes sociais, onde ficamos online o tempo todo. Pagamos conta, compramos entrada para o cinema, lemos o jornal, enfim resolvemos tudo pelo celular.
Infelizmente vejo algum exagero nisso tudo. Muitas pessoas vão almoçar com os amigos e ao invés valorizar o momento com um bate-papo gostoso, preferem ficar navegando na Web e perdem a oportunidade maravilhosa de compartilhar o momento. Particularmente eu considero essa atitude uma tremenda falta de consideração com os convidados. 

Pronto, está dito!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A cigarra e a formiga

Esse texto é uma adaptação da obra de Jean de La Fontaine.

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: 
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! 
- Não cigarra, é preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno. 
Entretanto a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque durante o verão. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. 
Um belo dia passou perto da rainha do formigueiro que ao vê-la se divertindo falou: 
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio. 
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou: 
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida! 
Para a cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã.  Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo. 
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tremer de frio e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta e pergunta o que ela fez durante todo o verão.
"Eu cantei", responde a cigarra. "Então agora, dance", rebate a formiga, deixando-a do lado de fora.
A formiga escolheu o trabalho duro e planejou o seu futuro. Já a cigarra escolheu viver intensamente o presente negligenciando seu futuro. 
Na vida precisamos fazer escolhas sabendo das suas consequências. O ideal é buscar o equilíbrio entre viver o presente sem prejuízo do futuro. A velhice sempre chega cheia de custos (remédios, plano de saúde, etc) e justamente numa época onde a renda diminui. É por esta razão que ela deve ser bem planejada. Atualmente a expectativa de vida do brasileiro está em 76 anos. Uma boa aposentadoria deve ser construída para dar suporte a essa nova fase da vida. Atualmente vivemos muito mais que nossos avós ou pais, e para os que planejaram é o momento de curtir a vida pois além de tempo e dinheiro, ainda se tem saúde de sobra; mas para quem não se planejou. . .

Pronto, está dito!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Eu escolhi ser feliz


Um amigo me fez a seguinte pergunta essa semana: Você quer ter razão ou ser feliz? 
Disse logo em seguida: Prefiro ser feliz, claro! 
Mas eu não estava tão certo daquilo, simplesmente porque eu adoro estar sempre certo e me sinto bem com isso.
Aquela pergunta bateu tão forte em mim que eu senti o golpe. Talvez seja reflexo da crise dos 40 pela qual estou passando. Sempre achei uma babaquice isso mas agora sei que é verdade. Até propaganda de margarina me faz chorar! Alterno em altos e baixos o meu humor. Sensação horrível de angústia. É uma tristeza que não acaba. Aos 40 anos estamos no meio da jornada e fica impossível não fazer um balanço da vida. Uma procura constante pelo auto-conhecimento, um sentido para a vida. São muitas perguntas sem respostas.
Sabe aquelas horas que dá aquela vontade de dizer: Chega! Quer saber mesmo de uma coisa? Vai tomar no olho do seu **! Pronto, você retoma as rédeas de sua vida, sua auto-estima vai nas alturas. Tem que ter muita paciência para não fazer isso.
O grande problema é para quem dizer isso? Simplesmente eu ainda não descobri.
Meu pai sempre falava: Filho, você deve escolher as guerras que luta!
Pois é, ele tinha razão. 
O fato é que adotei aquela frase e passei a usar para tudo. Qualquer coisa que me irrita eu deleto. E assim vou levando a vida. 
E você, quer ser feliz? 

Pronto, esta dito!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Lixo


Para ajudar num trabalho de escola da minha filha, procurei na internet sobre lixo e descobri que tem ilhas de lixo se formando nos oceanos. Montanhas de lixo flutuando em alto mar, carregados pelas correntes marítimas que os abandonam em determinados locais criando as ilhas. Como as ilhas estão em águas internacionais ninguém se propôs a recolher a sujeira.
Além do próprio ser humano, a fauna marinha também é prejudicada. As tartarugas marinhas que levamos anos cuidando para não serem extintas, estão sofrendo com os sacos plásticos que são confundidas com as águas-vivas, uma de suas fontes de alimento.
O ser humano é a maior praga que já atingiu o planeta Terra.
Há pouco tempo atrás atingimos a marca de 7 bilhões de indivíduos. Já passamos da condição de ameaçado para ameaça. Estamos destruindo nossas águas, nossas terras férteis e o ar que respiramos; temos até lixo espacial!
Hoje o mundo já não comporta tanta gente. A praga se espalhou de forma descontrolada. O número excessivo de indivíduos da espécie humana acabará por consumir todos os recursos da Terra e seremos obrigados a lutar uns contra os outros por espaço, comida e água. Atualmente milhões de seres humanos passam fome e sede; imagine se todos passassem a consumir como um norte-americano. A Terra não suportaria. E o que falar dos milhões que estão em condição de miséria? Precisamos reduzir o consumo desenfreado e controlar essa praga
E aqui fica a pergunta: Queremos um mundo sustentável, ou não? 

Pronto, está dito!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Senta que lá vem estória...



Há muito tempo atrás um amigo da família resolveu se candidatar a vereador da cidade em que morava. A eleição se aproximava e ele se animou com o convite que lhe fora feito por educação pelo representante do partido e disse que iria pensar na proposta. O matuto vivia numa pequena e pacata cidade do interior paulista e achou que se elegeria facilmente pois conhecia os moradores e era bem querido por todos. Morava num sítio a 3km da cidade, e usava uma charrete para se locomover. Chegando em casa, ele comentou a proposta com a esposa que prontamente ofereceu seu apoio para angariar votos com a vizinhança. 
- Então está decidido, serei vereador desta cidade! Disse ele animado. 
Quando comunicou ao partido que aceitava o convite, o representante se viu obrigado a aceitá-lo e assim foi. A partir daquele instante ele passou a pedir votos; visitou os moradores que conhecia, foi na padaria, na farmácia, na feira, na igreja, enfim pediu votos para todos os amigos que conhecia. Me disseram que até no cemitério ele foi pois o coveiro também era seu amigo. 
E o grande dia chegou. Ele até tomou banho e vestiu sua melhor roupa para ir à cidade votar. Levou toda a família em sua charrete, inclusive o cachorro. A confiança na vitória era tamanha que dias após a eleição saiu o resultado e ele nem se deu ao trabalho de conferir. Foi na cidade com a intenção de assumir seu posto na prefeitura e no caminho cumprimentou e agradeceu a todos por onde passou. Ao chegar na prefeitura lhe comunicaram que ele não havia sido eleito pois havia recebido apenas 1 voto.
- Que absurdo! Disse ele espantado. Tenho mulher e cinco filhos, são pelo menos 7 votos. Vocês erraram na contagem.
Após longo silêncio, a funcionária da prefeitura repetiu: Infelizmente o senhor não foi eleito pois recebeu apenas 1 voto.   
Ele voltou pra casa, expulsou a mulher e os filhos de casa. Apenas sua mãe podia visitá-lo no sítio. Qualquer outra pessoa era recebida à bala. A vergonha foi tanta que ficou anos enfurnado no seu sítio sem conviver com ninguém além de sua mãe.
Atualmente está bem velhinho vivendo no mesmo sítio com sua esposa - podem acreditar, ele a perdoou. 
Pronto, está dito!

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Quando o dinheiro vale mais que o sonho?



Quando criança eu queria ser Professor. Fui crescendo e o sonho foi mudando. Sonhei com a Medicina, a Engenharia, e o Comércio. Atualmente sou Analista de Sistemas. Fiz a escolha em 1988 quando o país estava mergulhado numa hiperinflação, sem investimentos, e quase quebrado. Não foi por dinheiro que fiz a escolha mas havia a preocupação com as oportunidades de trabalho. O dinheiro permite que se realize muitos sonhos entretanto há que se ter o cuidado para não se tornar escravo dele. Tão pouco foi uma escolha ruim pois eu sempre gostei de tecnologia e ainda rende algum trocado, mas nunca foi um sonho. 
Por outro lado, se tivesse optado por realizar meu sonho de ser Professor estaria frustrado pois o salário é muito baixo e não permite que se tenha outros sonhos para realizar; mal dá pra sobreviver. 
O Brasil precisa urgentemente valorizar o professor e a educação que é dada às nossas crianças, pois disso depende o futuro da nação. Educação de qualidade para todos é que vai garantir a distribuição da riqueza do país e não o bolsa família.

Pronto, está dito!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Legalização de drogas



Atualmente a comercialização de bebidas é permitida por lei, a indústria paga impostos e gera muitos empregos. Nos EUA existiu uma lei conhecida como Lei Seca, que vigorou nos EUA nas décadas de 20 e 30, que proibia a comercialização das bebidas alcoólicas. Daí nasceu o bando liderado por Al Capone que contrabandeava e vendia de bebidas alcoólicas. Outras coisas vieram junto como a corrupção, assassinatos, roubos. O álcool é uma droga e em alguns casos causa dependência e destrói a vida do dependente e de sua família, e mesmo assim é legal. Se os impostos arrecadados com a venda das bebidas alcoólicas fossem gastos no tratamento e na recuperação dos dependentes seria um grande avanço para a sociedade.
O cigarro também faz um mal danado para a saúde, e assim como o álcool também é legal. Recentemente o Uruguai liberou o uso da maconha. Será que não chegou o momento da sociedade discutir o assunto abertamente? O poder dos traficantes seria diminuído com esta medida? Enquanto houver demanda pela droga haverá um fornecedor, seja ele legal ou ilegal. A repressão não está funcionando. É necessário uma nova abordagem para o problema.
Pronto, está dito! 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Capitalismo e Socialismo



O Socialismo ainda não morreu. Alguns poucos países no mundo ainda utilizam este modelo. Ele prega a distribuição igualitária da riqueza entre todos. A teoria no papel é linda mas na prática...Num primeiro momento até funciona mas no longo prazo o que ocorre é a distribuição da pobreza. O sistema não gera riqueza, como poderia distribuir uma coisa que não existe?
Atualmente Cuba, Coréia do Norte e Venezuela adotam o sistema, todos com uma ditadura instalada e a população empobrecendo. A China também é uma ditadura e era um dos países mais pobres do mundo há 30 anos atrás, mas adotou o capitalismo e gerou tanta riqueza neste período que retirou cerca de 500 milhões de habitantes da miséria. Outro exemplo bom é o Leste Europeu após o fim da guerra fria e o desmantelamento da antiga União Soviética. A então Alemanha Ocidental reintegrou a Oriental e após investimentos pesados por 20 anos todos os alemães agora gozam da mesma prosperidade. Onde antes existia a distribuição da pobreza hoje se colhe a riqueza gerada pelo Capitalismo.
Na revista Veja de julho/13, um artigo do economista Maílson da Nóbrega fala sobre este assunto onde cita Max Weber e Adam Smith para compor sua opinião. Recomendo a leitura da matéria para quem se interessou pelo assunto.
O Capitalismo não é o modelo ideal pois ainda gera distorções como a concentração de riqueza ou crises, mas é o melhor que temos. O modelo precisa ser constantemente aprimorado promovendo as devidas correções para que toda a sociedade se beneficie. Enquanto não surge um novo modelo vamos cuidar bem do que temos.

Pronto, está dito!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Educação Financeira



Na época que frequentei o primário, a disciplina que eu mais gostava era Matemática. Foi também a mais útil em toda a minha vida, juntamente com o Português. Estudei Geografia, História onde aprendi que as pirâmides ficavam no Egito, que Paris é a capital da França, vimos o Império Romano, a Mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates, I e II Guerra Mundial, blá blá blá..., cultura que não agrega nada.
Recentemente vi uma reportagem que mostrava 1 ganhador da mega-sena, proprietário de uma borracharia. Pois bem, ele ganhou R$10 milhões, passou a borracharia para seu único funcionário, e voltou alguns anos mais tarde quebrado, e pedindo emprego na mesma borracharia. Como poderia aquela situação acontecer? Passei dias a fio pensando naquela situação.
Será que nosso ensino deve ser reformulado? Precisamos abrir espaço na grade curricular das escolas para finanças. Vejo que o Português também precisa ser reforçado, as pessoas não sabem ler e escrever; são os chamados analfabetos funcionais pois não entendem o que leem. O Ensino Religioso deveria ser abolido; acredito que quem tem o papel de tratar deste assunto é a família. Nosso Estado é laico, não deve se meter neste assunto. História, somente a brasileira; Geografia idem.
No último domingo, fui ao mercadinho comprar alguns itens que faltavam para preparar o almoço e ao passar no caixa a conta ficou em R$8,25. Abri minha carteira e dei R$10,50 para facilitar o troco mas o funcionário do caixa não entendeu e dispensou meus 50 centavos, fez a conta na calculadora e ainda ficou lá contando moedinhas até chegar aos R$1,75 de troco. 
Pra mim foi o cúmulo do absurdo. 

Pronto, está dito!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Estado


Apesar do título, não vou filosofar sobre o funcionamento do Estado, ou suas mazelas, ou ainda das suas responsabilidades definidas na Constituição de 1988.
Um dia desses li um pequeno texto que mostra como você pode ensinar seu filho sobre como o Estado funciona de uma maneira bem fácil. É mais ou menos assim: ofereça a ele R$ 10,00 para lavar o carro e assim que ele terminar o trabalho de-lhe apenas R$ 5,00 e explique que os outros R$ 5,00 são como impostos retidos. Em seguida dê R$ 1,00 para o irmão mais novo e explique para ele que isso é "justiça social". Diga também que você, o governo,  precisa dos R$ 4,00 restantes para cobrir os custos desse "trabalho" de redistribuir o dinheiro. Quando ele chorar e disser que é injusto, diga que ele está sendo egoísta e ganancioso.
Brincadeiras à parte, o Estado brasileiro está pesado, custa caro mantê-lo e estamos pagando um preço alto por isso. Segundo o impostômetro, já foram arrecadados mais de 710 bilhões de reais em 2013, equivalente a 36% do PIB. Se ao menos fosse tão eficaz gastando quanto arrecadando...
Essa ineficiência vem de longa data. Em 1821, dom Pedro assumiu o Brasil em situação crítica, quase quebrado; e uma de suas medidas foi eliminar o imposto do sal e da navegação de cabotagem pois encareciam a produção de charque que era um dos principais itens da economia da época.
Aliás, na revista Super Interessante de Abril/2013 tem uma matéria que ilustra bem nossos problemas com infraestrutura e o custo Brasil.
Para quem se interessa no tema, segue o link com a matéria completa:
Quase 200 anos se passaram desde então e parece que estamos sofrendo do mesmo mal. Então fica aqui o meu recado: se o Estado não é eficiente em investir o imposto arrecadado então é melhor que se arrecade menos.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O legado da Copa


Durante os jogos da Copa das Confederações estamos conhecendo os novos estádios construídos para a Copa do Mundo 2014. Todos feitos a toque de caixa, realmente lindos, funcionais, de altíssima qualidade e prova que temos plena capacidade de construir coisas maravilhosas quando queremos.
Infelizmente gastamos recursos, tempo e dinheiro em estádios que não serão usados após a Copa do Munto tais como as arenas de Cuiabá, Manaus e Natal. Seria mais útil ao país se o mesmo empenho fosse dedicado em acabar com seca no Nordeste; as obras de transposição do Rio São Francisco estão abandonadas. Ou então na infra-estrutura tais como ferrovias, metro, portos, aeroportos, etc. 
É triste ter que lembrar disso a todo instante.
Mas o verdadeiro legado da Copa é a união do povo brasileiro no movimento que tomou conta das ruas das cidades. O gigante acordou e agora pede o fim da corrupção, a melhoria dos serviços públicos, um basta nas leis oportunistas (PEC 37 e PEC 33), mais educação, saúde e vergonha na cara. Nem precisamos mais recorrer à música do Geraldo Vandré pois o povo já adotou O Rappa. Então vem pra rua você também, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Nunca é tarde para recomeçar


Hoje quero compartilhar a estória de um grande amigo meu. Vou chamá-lo de Nelson. Pois bem, o Nelson casou-se muito jovem, teve três filhos e tinha um pequeno comércio numa cidadezinha pacata do interior. Naquela época era comum casar cedo. Com uma família para sustentar não lhe restava tempo para continuar os estudos mas conseguiu concluir o segundo grau.
Ao longo do tempo percebeu que o destino de seus filhos seria igual ao dele e decidiu mudar com a família para uma cidade maior, onde seus filhos pudessem ter mais oportunidades na vida, com opções para estudar e trabalhar. A sorte ajudou (já discutimos isso) e o Nelson prosperou em seu comércio na cidade grande.
Já aos 40 anos, seu primogênito foi fazer inscrição para o vestibular e ele resolveu que iria recomeçar seus estudos de onde parou. Fez o vestibular na mesma sala de seu filho e ambos passaram para os cursos que se inscreveram. Ele terminou a faculdade antes do filho. 
Após 15 anos a estória se repete. Seu segundo filho faz o vestibular e o Nelson, já aposentado, resolve fazer nova faculdade. Dessa vez ele queria realizar o sonho de ser professor. Novamente se forma antes do filho e atualmente é professor em uma escola pública.
Este exemplo de vida prova que nunca é tarde para recomeçar.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pollyanna

Recentemente li o livro Pollyanna para minha filha, da autora Eleanor Porter. É a estória de uma menina que ficou órfã aos 11 anos e foi morar com a tia. O interessante é o jogo que ela brinca. Ela o chama de "Jogo do Contentamento". Consiste em encontrar o que há de bom em tudo de ruim que acontece na vida dela. No desenrolar da estória ela vai ensinando o jogo a todos as pessoas que conhece. Calma, não vou contar o final. 
Em nossas vidas, a ferramenta mais poderosa que temos é a mente, portanto seja sempre positivo, engenhoso, procurando o equilíbrio, o otimismo, a alegria e o bom humor pois assim se consegue superar os obstáculos que surgem mais facilmente.
O otimista normalmente tem boa auto-estima. A baixa auto-estima leva ao pessimismo, a tristeza, depressão e ao fracasso.
Para as pessoas que gostam de se fazer de vítima das situações ou que se depreciam por alguma razão, façam como a Pollyanna e passem a jogar o jogo do contentamento.
As dificuldades sempre vão existir e quando aparecem podemos escolher como as enfrentamos: com otimismo ou não. 

Pronto, está dito!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Vontade política ou falta dela


Desde pequeno escuto falar da seca no nordeste. Entra ano, sai ano e a situação continua a mesma. É a indústria da seca dizem; mas será isso mesmo ? 
Ao longo dos anos foram criados vários órgãos de governo para combater a seca tais como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF). Tivemos um presidente da República que fugiu da seca num pau de arara, começou uma obra faraônica de transposição do rio São Francisco que ajudaria a minimizar os efeitos, mas a sua sucessora paralizou a obra.
Como o problema atinge vários estados, o governo federal deveria liderar um grupo multidisciplinar com o objetivo de criar um plano de ação, onde seriam listados todas as ações para minimizar os efeitos da seca. Poderiam participar do "Conclave" (só poderiam sair da clausura após o plano de ação criado) nossas universidades, a Embrapa, as ONGs, os órgãos (in)compententes, além de membros da sociedade civil. É preciso criar condições para que os habitantes da região convivam com a seca sem tanto sofrimento.
Quero acreditar que se trata apenas de falta de vontade política mas o que vem a cabeça é o político em época de eleição pedindo votos.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pão e Circo


A política do "Pão e Circo" foi criada no Império Romano e era basicamente a distribuição de comida e diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a insatisfação do povo contra os governantes. Combates sangrentos entre gladiadores eram promovidos nos estádios para divertir a população; nesses estádios, pão era distribuído gratuitamente. O custo desta política foi enorme, causando elevação de impostos e sufocando a economia do Império. Qualquer semelhança é mera coincidência? Infelizmente não. Nossos hospitais estão em frangalhos, as escolas idem, sem falar no sistema de transporte ou na infraestrutura. Parece piada. Não que eu seja contra o desporto, mas é uma questão de prioridade!!
Bilhões estão sendo gastos na construção de novos estádios (circos) para a copa de 2014 (teve algum plebiscito para escutar a opinião da população?) onde com certeza serão desviados recursos para financiar as eleições dos governantes. Mas nesta estória onde está o "Pão"? No bolsa família é claro. Os Romanos inventaram esta política mas os "brazucas" aperfeiçoaram ao máximo com o famoso jeitinho brasileiro. 

Pronto, está dito!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Jornada de trabalho


Muitos não sabem e outros nem se lembram, mas o dia de trabalho de oito horas surgiu durante a revolução industrial na Europa do século 19 para os trabalhadores de fábricas que estavam sendo explorados com jornadas de trabalho de 14 ou até 16 horas por dia.
Atualmente temos 40 horas de trabalho por semana e nessas condições as pessoas precisam "viver" à noite e nos fins de semana. Por isso ficamos tão propensos a gastar com entretenimento e conveniências já que o nosso tempo livre é escasso. Ao longo das últimas décadas, a produtividade dos trabalhadores aumentou graças ao avanço de tecnologias e processos mas não houve uma diminuição proporcional das horas trabalhadas. 
Será que algum dia o ser humano vai conseguir se libertar do trabalho? Afinal de contas o trabalho realmente enobrece o homem como teria dito Max Weber? Ou é apenas um círculo vicioso onde o cidadão comum necessita trabalhar para pagar as contas do dia a dia e o empresário capitalista se aproveita para obter mão de obra barata para enriquecê-lo? Temos outra opção viável? Estamos fadados a este sistema que nos torna escravos do capital?

Pronto, está dito !

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A sorte


Eu sempre me considerei um cara de sorte. Sorte no amor, no trabalho. Por isso resolvi começar por este tema. Para dar sorte eu acho...
A sorte também é motivo de conversa entre amigos em restaurantes e bares. Um dia desses, após nova discussão sobre o tema, me deparei refletindo sobre ela na minha vida e cheguei à conclusão que toda vez que a sorte bateu na minha porta me encontrou trabalhando.
Quando jovem acreditava muito na força do trabalho para alcançar o sucesso mas hoje vejo que o trabalho por si só, sem uma pitada de talento e outra de sorte, não se vai muito longe. Cada um dos itens isolados não são capazes de  de transformar a vida de uma pessoa mas a combinação dos três é certeira. 
Dizem que a sorte só acompanha quem tem competência (talento) para identificar e aproveitar a oportunidade (sorte) que se apresenta.
Thomas Alva Edison disse certa vez que o gênio é 1% inspiração e 99% transpiração e o Nikolai Tesla provocou com a frase "Se o senhor Edison tivesse trabalhado de forma mais inteligente, não teria de suar tanto". Já Albert Einstein dizia que a física teórica moderna era 10% inspiração e 90% transpiração. Eu não sou famoso nem talentoso quanto eles, mas digo que neste ponto nenhum deles está certo. Na minha opinião a proporção mais correta é 20% de talento, 60% de trabalho e 20% de sorte. 

Pronto, está dito !