terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cidade maravilhosa

Quem inventou que vivemos na cidade maravilhosa?  
Vivemos numa cidade imunda. Em todos os cantos há sujeira. É claro que muito disso é culpa do povo, com pouca instrução e consciência para medir as conseqüências de suas ações. Como faltam lixeiras em tudo que é lugar fica difícil identificar se o problema cultural é culpa do descaso público ou vem de casa. As fotos ficam lindas do alto ou de longe, bem longe. 
Além da sujeira temos as favelas. De tantas favelas, nossos governantes super dedicados, estão tentando humanizar estes locais construindo teleféricos para o turista mas a população da favela quer mesmo é rede esgoto, creche, saúde e segurança. 
E ainda temos a violência. Nisso somos campeões. Na verdade somos o Estado do Sudeste com o maior índice de tudo que é ruim. Culpa da polícia corrupta? Não sei dizer mas vejo muitos de nossos policiais envolvidos com o tráfico ou com a milícia. Os honestos estão morrendo dia a dia assim como as pessoas comuns. E a violência está voltando com força nos lugares "pacificados", sem falar nos arrastões que voltaram às praias.
A maior parte da mão de obra é informal. Ambulantes ou de algum emprego do tipo Sub. Não temos indústria. Ela foi embora graças à violência. Sobrou a do petróleo por falta de opção pois está no nosso litoral. Somente por isso.
Temos um sistema de transporte público sofrível, que na verdade é privado com subsídio público. E todos conhecem bem a incompetência do nosso estado para regular estes serviços.
Estamos gastando bilhões quebrando viadutos, construindo novas estações de trem (onde já existia uma) apenas para atender partidas de futebol, enquanto várias estações por onde circulam os trabalhadores em estado precário. 
É por isso que não vejo nada de tão maravilhoso que mereça o título.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Disney

Em outubro último estive em Orlando para comemorar o aniversário da minha filha. Fomos a vários parques da Disney e com o pouco que vi foi suficiente para ficar impressionado. A organização, a educação, o respeito às regras, a limpeza. Tudo começa com a nossa chegada ao aeroporto. As filas são bem organizadas com funcionários orientando, placas indicando locais, enfim, você consegue ver que é possível que as coisas funcionem. Depois foi a vez do aluguel do carro. Após a identificação e confirmação da reserva, a recepcionista nos orientou onde pegar o carro. Chegando ao local, que ficava no estacionamento ao lado do aeroporto, o carro (novo, com mil km rodados) já estava nos esperando com a chave no contato, limpo e com tanque cheio. Foi só apresentar a habilitação e sair rodando. Fomos ao shopping e depois para o hotel. No caminho, pistas largas e bem sinalizadas onde todos respeitam o trânsito. Mas vamos ao que interessa: os parques.
Todos eles sem exceção são bem organizados, bem sinalizados, bem cuidados; não se vê ferrugem, ou sujeira de qualquer tipo no chão, ou lâmpada queimada, até as lixeiras são limpas! A diferença com nossa realidade é tão grande que não tenho esperança de ver o mesmo acontecendo por aqui, pelo menos pelos próximos 200 anos. Além disso é um grande negócio; a cada saída de brinquedo tem uma lojinha vendendo suvenires.
O passeio vale também para os adultos. A minha filha adorou a viagem e eu também me diverti bastante não somente pelos parques mas pela experiência de vida e pelo contato com outra cultura. Agora quem aproveitou mesmo foi minha esposa, ela ficou deslumbrada com tudo e com razão. Realmente foi maravilhoso e marcante. Por isso tudo que já foi dito é um tipo de viagem que eu recomendo.

Pronto, está dito!