quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Personagens da vida corporativa IV - O ilusionista

Hoje o post é dedicado ao Ilusionista. Os ilusionistas nos fazem crer que desafiam as leis da física, quando na realidade não fazem nada de sobrenatural. É apenas uma ilusão realizada através de meios naturais. De todos os personagens que sobrevivem no mundo corporativo, este é o que mais me impressiona.
Ele chega sempre atrasado, geralmente em torno das 10:30 h, e tem desculpa para tudo. O trânsito, o Detran, o médico, a avó doente, etc. O repertório tende ao infinito.
Após sua chegada ao trabalho, vai para copa pegar um cafezinho, afinal de contas ninguém é de ferro. Com o café nas mãos, se ajeita em sua cadeira confortável, liga o computador, se loga na rede e vai ler os emails. Termina de responder todos os emails e vai dar uma olhadinha no Facebook. Opa, chegou a hora de ir ao banheiro. Volta com outro café nas mãos, lê as principais notícias da capa do jornal O Globo e opa! Está na hora do almoço. Sai para o almoço 12:15 h, e volta às 14:30 h - teve que ir ao banco resolver um probleminha. Pega sua "necessaire" e vai ao banheiro para fazer sua higiene bucal. Volta para sua estação de trabalho, checa os emails, o Facebook, as últimas notícias do jornal, atende dois telefonemas e some. Volta em torno das 17:00 h, pega sua mochila e vai embora tranquilo por ter feito seu trabalho.
Entra e sai semana mas nada muda. Ninguém sabe direito o que ele faz, nem mesmo o gerente tem coragem de demiti-lo, com medo das possíveis consequências. Todos acreditam que ele deve fazer algo muito importante para a companhia.
O lema dele é: Chego tarde mas em compensação vou embora mais cedo.

Pronto, está dito!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Personagens da vida corporativa III - O carreirista

Tenho observado as pessoas com quem tenho algum tipo de contato no trabalho ao longo desses 18 anos de carreira e, às vezes, identifico comportamentos que se repetem. Quando isso ocorre, classifico com um personagem da vida corporativa. O post de hoje é dedicado ao "Carreirista".
O carreirista é aquele funcionário que sempre está pensando em como ganhar pontos para sua promoção com o trabalho que está fazendo. Na verdade ele pensa em trabalhar o menos possível; o que tiver para ser feito ele consegue um jeito de deixar que outra pessoa faça. Ele só quer ficar com os louros do trabalho; se for bem sucedido foi ele quem coordenou, é claro, porque se der tudo errado foi o outro quem fez. 
Ele não se envolve profundamente com nada para poder ficar livre para escolher os trabalhos que podem lhe render algum fruto. Ele só quer o filé mignon. Roer osso não é com ele. O carreirista é excelente marqueteiro de si mesmo.
Não estou querendo dizer que ter um objetivo traçado na vida profissional e querer crescer na carreira seja errado, o problema está nos métodos utilizados por alguns deles para atingir os objetivos. 
O mantra do carreirista é assim: Quem trabalha muito, erra muito; quem trabalha pouco, erra pouco; quem não trabalha não erra, e quem não erra é promovido.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Começo do fim

Esse post é uma adaptação de um texto que circulou na internet recentemente.
Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira. Essa classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava. Insistiram que um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo. O professor então disse: 
 Vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas. Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam justas. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que, em teoria, ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".
Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como resultado, a segunda média das provas foi "D". Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". 
No final das contas, ninguém mais queria estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos foram reprovados naquela disciplina. 
O professor explicou:  
− O experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande, o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. 
Tiramos algumas lições com esse experimento:
1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter que trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber; 
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;
5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
O que vejo ultimamente é uma grande quantidade de pessoas buscando o bolsa família engrossando a parcela dos que não trabalham. Será o começo do nosso fim?

Pronto, está dito!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Filhos


Quanto custa, hoje em dia, criar um filho até a vida adulta?
Atualmente, para cada filho que tenha, se gasta com educação, entre creche e escola, durante 22 anos, uma média mensal de R$ 2.000,00/mês, totalizando 528 mil reais.
Meus pais criaram 3 filhos em escola publica de qualidade; custo zero.
Ainda tem o vestuário, saúde (vacinas, plano de saúde, remédios), alimentação, transporte, que vou considerar a média mensal de R$ 1.000,00/mês. Neste quesito totalizamos 264 mil reais e o custo total já saltou para 792 mil reais.
Existe ainda o custo indireto, tais como moradia, energia, água, móveis, lazer, brinquedos, festas, onde vou considerar a média mensal de R$ 750,00/mês. Neste quesito totalizamos 198 mil reais e o custo total já saltou para 990 mil reais.
Está impressionado? Então suponha mais um filho e terá gasto 1,98 milhão de reais. E o número fica ainda maior quando todo esse recurso é aplicado no mercado financeiro. Conheço muitos casais que tem poucos filhos (1 ou 2) e outros que optam por não ter filhos. Não sei se todos levam a questão financeira em consideração mas creio que uma parcela deles, com certeza, presta atenção nisso.
Além disso tudo, criar um filho também exige muita dedicação, amor, carinho e atenção. É uma doação de si mesmo mas muito gratificante ao mesmo tempo. Só entende quem é pai (ou mãe, é claro). 

Pronto, está dito!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Chile

Agora em outubro estive no Chile para comemorar o aniversário da minha filha. Fizemos vários passeios em locais diversos e com o pouco que vi foi suficiente para ficar impressionado. O senso de comunidade, o respeito às regras, a limpeza. O aluguel do carro é parecido com o Brasil; muito burocrático. Como chegamos tarde fomos direto ao hotel. No caminho, pistas largas e bem sinalizadas onde todos respeitam o trânsito. A cidade Santiago se parece muito com a Europa. Mas vamos ao que interessa: os passeios.
Começamos com o parque Cerro San Cristobán no centro de Santiago. Não há melhor vista da cidade. No segundo dia visitamos Vina del Mar e Valparaíso. Duas pequenas cidades praianas, muito bem cuidadas. Em Valparaíso tem um porto onde fizemos um passeio de barco pela baía. Ao terceiro dia fomos na vinícula Concha Y Toro. Uma aula de vinho com degustação ao final. Maravilhoso! O quarto dia foi reservado ao Vale Nevado. Paisagem belíssima, com a cordilheira dos Andes ainda com neve. Os últimos três dias gastamos para conhecer a região do vulcão Villarica. Ficamos hospedados num chalé charmoso e acolhedor próximo às cidades de Pukón e Caburgua. Fizemos dois passeios no vulcão Villarica: um para brincar na neve e outro para visitar as covas do vulcão. O tempo não ajudou muito; choveu grande parte do tempo. Aproveitamos para descansar e curtir todo conforto do chalé.
A viagem foi incrível, o difícil foi encarar o retorno ao nosso país. A diferença com nossa realidade é tão grande que não tenho esperança de ver o mesmo acontecendo por aqui, pelo menos pelos próximos 50 anos. 

Pronto, está dito!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ate breve, borboleta

Voa borboleta!
Como é bom se despojar
da crisálida que se arrasta
pelo solo até cansar.

Voa alma querida,
agora já pode voar.
Voa em torno dos jardins,
das flores que fez brotar.

Voa alto, pra bem longe.
Leva o perfume das flores,
leva a saudade, a tristeza e as dores; 

Voa alto, pra bem longe.
Leva a suave brisa do mar,
leva a lágrima do rosto que insiste em não secar.

Pronto, está dito!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O boi

Quero saudar o boi em seu habitat majestoso, 
que é o manto de relva debaixo de um céu azul. 
Animal amigo e sereno que mata a fome do povo, 
enfeita os campos mais lindos do Mato Grosso do Sul. 
Animal manso e bonito é o boi do meu sertão. 
Ele adorna a pradaria, a fazenda, o rincão; 
levanta o pó da estrada, e junto com a boiada, 
acaba por fazer um tremendo barulhão. 

Mato grosso, mato fino, mato verde do sertão, 
mato que alimenta o boi, boi que alimenta a nação. 

Nesta terra inexplorada, terra bruta ainda, 
terra das verdes colinas e de águas cristalinas; 
diante da rica natureza bela, o homem se instalou. 
Beleza infinita e singela, a poluição ainda não chegou. 
É neste pequeno mundo que vive o bravo vaqueiro, 
e o valente fazendeiro que desbravou o sertão.
Abrindo novas estradas, criando novas pastagens, 
onde surgem novas cidades, início da civilização. 

Mato grosso, mato fino, mato verde do sertão, 
mato que alimenta o boi, boi que alimenta a nação. 

Vai o vaqueiro cantando, tangendo o boi nas estradas, 
levando sua boiada pelas pastagens do sertão, 
com saudade da sua amada, ele canta sua canção: 
− Minha doce namorada que saudade do meu lar! 
Vou correndo, vou voando, para logo te encontrar. 
Quero um abraço apertado; para sempre vou te amar! 

Mato grosso, mato fino, mato verde do sertão, 
mato que alimenta o boi, boi que alimenta a nação. 

Salve o boi nos verdes campos, sob o céu de cor anil, 
em Mato Grosso do Sul, pedaço do meu país. 
Salve também o vaqueiro, que muito contribuiu, 
para a riqueza de um povo, o povo do meu Brasil!

Pronto, está dito!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Sucesso

Ter sucesso significa ter êxito em alguma coisa, entretanto muitas pessoas o resumem pela conta bancária gorda. Coisas simples do nosso dia a dia também podem significar sucesso. 
Para uma criança de 1 ano ou para um idoso de 90 anos, o sucesso é conseguir andar; aos 4 ou 80 anos, o sucesso é não fazer xixi nas calças; aos 10 ou 75 anos, o sucesso é ter amigos; aos 14 ou 70 anos, o sucesso é fazer sexo; aos 18 ou 65 anos, o sucesso é ter carteira de motorista; aos 40 anos o sucesso é ter muito dinheiro e aos 50 anos o sucesso é ter status.
Porém, o sucesso tem a ver com trabalho duro, persistência e um pouco de sorte. Gosto muito do exemplo de Walt Disney, que foi demitido de seu trabalho em um jornal por sua "falta de imaginação e boas idéias". Pouco tempo depois criou o império que hoje conhecemos. E o que dizer do Steve Jobs, que foi demitido da própria empresa que criou? Voltou anos depois para salvá-la da bancarrota e elevá-la à condição de empresa mais valiosa do planeta. 
No filme "À procura da felicidade", com Will Smith, tem uma cena com seu filho onde ele o desestimula a jogar basquete. Logo após ele percebe a asneira que fez e diz ao filho: "Nunca permita que alguém diga que você não pode fazer algo. Nem mesmo eu."
O sucesso ou o fracasso é relativo, assim como você enxerga um copo com água pela metade. Ele pode estar meio cheio ou meio vazio. Um homem não está acabado quando enfrenta a derrota. Está acabado quando desiste; disse certa vez Richard Nixon. Às vezes o fracasso é necessário para que se alcance o sucesso posteriormente.
Quando o assunto é sucesso, um grande amigo meu, Alessandro Pussente, sempre diz: "O que seria de mim se não fossem os idiotas". Assim como diria também Mark Twain: "Vamos agradecer aos idiotas. Não fosse por eles não faríamos tanto sucesso."

Pronto, está dito!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Vaqueiro

Vai o vaqueiro cansado 
de andar pela estrada; 
estrada seca, estrada molhada; 
tange o boi, tange a boiada. 

Quando a aurora desponta 
com a relva inda orvalhada, 
sai o vaqueiro na estrada 
ora seca, ora molhada; 
tange o boi, tange a boiada. 

Sol a pino, sol vermelho, 
sol quente de verão, 
o vaqueiro segue sempre 
a estrada do sertão, 
tangendo sua boiada 
com o berrante na mão.

Pronto, está dito!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Verdade ou mentira?

Uma pessoa conta, em média, três mentiras a cada dez minutos. Alguns estudos realizados por Universidades renomadas afirmam isso. A mentira seria uma forma de manter o bom convívio social. É praticamente impossível um ser humano viver na nossa sociedade sem usar a mentira em algum momento da vida. Quem diz que nunca mente está mentindo. Mentimos para atenuar o impacto que a verdade teria. Mentimos para não magoar as pessoas ou para evitar situações constrangedoras. 
Já no ambiente de trabalho, as mentiras mais comuns estão relacionadas a atrasos, trabalhos não realizados ou aptidões exageradas. Os homens costumam contar vantagens, aumentam ou inventam feitos profissionais, pessoais e sexuais. 
A verdade nua e crua tende a ser interpretada como grosseria, além de machucar. As pessoas costumam não gostar de quem costuma dizer a verdade sem floreios. 
A mentira é aprendida na infância. Os pais ensinam as crianças a agradecer um presente recebido mesmo quando a criança não gosta do presente. É falta de educação dizer que não gostou do presente. Dessa forma estimulamos a mentira social. Os filhos se espelham muito mais nas atitudes do que nas palavras dos pais. Pais que usam sempre da verdade, que assumem a responsabilidade por aquilo que fazem e dizem, criam filhos responsáveis e éticos. Entretanto, só se ensina aquilo que se é, não é mesmo? 

Pronto, está dito!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Velhice


Certa vez meu médico disse que o primeiro sinal da velhice era ter que usar óculos para leitura ou descanso. Não concordo com ele, acho que os cabelos ficam brancos ou caem primeiro. Mesmo assim prefiro que fiquem brancos. 
Recentemente meus dentes começaram a ficar sensíveis. Quando se bebe água gelada alguns deles doem. Agora entendo porque existe o creme dental Sensodyne. 
Conversando com meu pai descobri uma porção de situações que ocorrem quando se envelhece. 
Você consegue fazer previsão do tempo; o joanete doe quando o tempo vai virar. As suas articulações passam a ser mais confiáveis do que serviço de meteorologia. Você não quer nem saber onde sua mulher vai, contanto que não tenha que ir junto. Ninguém mais o considera hipocondríaco. Você curte ouvir histórias das cirurgias dos outros. Você pode, numa boa, jantar às seis da tarde. Você dá uma festa e os vizinhos nem percebem. Você é avisado para ir devagar pelo médico e não pelo policial. Você deixa de pensar nos limites de velocidade como um desafio. Você para de tentar manter a barriga encolhida, não importa quem entre na sala. Seus segredos passam a estar bem guardados com seus amigos, porque eles os esquecem. 
A frase 'Uma noite e tanto', significa que você não teve que se levantar para fazer xixi. 'Funcionou!', significa que você hoje não precisa ingerir fibras. 'Que sorte!', significa que você encontrou seu carro no estacionamento. 
Agora, o mais importante disso tudo é envelhecer com saúde (nosso sistema de saúde está falido) e ter uma certa dose de independência. 

Pronto, está dito!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Decifrando o Capitalismo

O Capitalismo assume várias formas no mundo dependendo das particularidades de cada país. Traçando um paralelo com vacas, no Capitalismo ideal você tem 2 vacas, vende uma, compra um touro, o rebanho cresce, você vende o rebanho e fica rico; entretanto nem sempre é assim que funciona. Vamos decifrar como ele opera em alguns países. 
No Capitalismo Americano, você tem 2 vacas, vende uma, faz a outra vaca produzir por 4 e fica espantado quando ela morre. No Francês, você tem 2 vacas e faz greve porque quer 3. No Japonês, você tem 2 vacas, faz enxerto nas duas para que produzam 20 vezes mais leite, depois cria um joguinho eletrônico chamado "Vacamon", e vende para o mundo inteiro. No Inglês, você tem 2 vacas e ambas são loucas. No Holandês, você tem 2 vacas, elas vivem juntas, não gostam de touro e tudo bem. No Alemão, você tem 2 vacas que produzem leite da melhor qualidade sempre no mesmo horário, mas o que quer mesmo é criar porco pra fazer salsichão. No Suíço, você não tem vaca nenhuma, mas cobra para guardar a vaca dos outros. No Cubano, você tem 2 vacas, uma é estatizada e a outra foge a nado para Miami. No Chinês, você tem 2 vacas mas tem trezentas pessoas tirando leite delas. No Indiano, você tem milhares de vacas, e não faz nada porque elas são sagradas. 
Por fim, o exemplo que eu mais gosto é do Capitalismo Brasileiro onde você tem 2 vacas, inscreve uma no bolsa família, a outra no fome zero, e passa a viver de renda. 

Pronto, está dito!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

O alfaiate


Certa vez fui ao meu alfaiate (essa profissão ainda existe no interior) para fazer um novo paletó. Ele tirou minhas medidas, escolhemos o tecido, ele fez algumas contas e me passou o orçamento. Eu achei caro e comecei a negociar com ele. 
 Rodolfo, meu caro, são realmente necessários 3 metros de tecido para confeccionar o paletó? Não tem como fazer com 2 metros? 
O Rodolfo pensou por algum instante e respondeu:
 Bom, posso fazer um ajuste no modelo, mexer no forro, deixar um bolso como falso. Acho que consigo. 
Então eu insisti:
 E com 1 metro de tecido? Ainda acho muito os 2 metros de tecido. 
E o alfaiate falou de bate-pronto:
 Mas dessa forma fica impossível fazer seu paletó! 
E continuei insistindo:
 Faça como estou dizendo, utilize apenas 1 metro de tecido e faça o paletó. Confio em você Rodolfo! Tenho certeza que irá conseguir. Venho buscar o paletó daqui duas semanas. 
O tempo passou e chegou o momento de buscar meu paletó no alfaiate.
 Olá Rodolfo, vim buscar meu paletó. Ele ficou pronto?
 Claro, vou buscá-lo. Aguarde um momento. 
Após alguns instantes de espera chega o alfaiate carregando meu paletó.
 Aqui está seu novo paletó, disse ele. 
Para minha surpresa o paletó mal cabia na minha filha de 9 anos de tão pequeno. 
Então ele completou:
 Foi o que pude fazer com 1 metro de tecido.
Na vida corporativa também é assim. Pressionam para diminuir os recursos do projeto, para fazer mais com menos, e assim acabam comprometendo o produto final.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O amor

O texto abaixo não é meu - é de um autor desconhecido - mas gostaria que tivesse sido. Por isso compartilho com vocês nesse espaço. 

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. 
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. 
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. 
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. 
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. 
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém... 
No fim das contas não há fórmula para o amor nem para a felicidade mas mesmo assim eu assino embaixo. 

Pronto, está dito!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Conto de fadas

Assisto muitos filmes com minha filha e a maioria deles tem, como pano de fundo, uma estória de amor entre um príncipe e uma princesa. Dentre eles, o que eu mais gosto de assistir é o Shrek. O exemplo dele é muito educativo. O Shrek é feio à primeira vista mas depois que o conhecemos melhor podemos notar sua beleza interior; um homem de bom coração, caráter e princípios. Como todo ser humano também tem lá os seus defeitos mas, claramente, dá para perceber que há retidão de conduta. Em contrapartida, tem o personagem do Encantado, que deveria ser o príncipe que libertaria a princesa de sua maldição. Ele é muito bonito por fora, digamos que sua aparência exterior é aceita como bela pelas mulheres; como diria o Caco Antibes: um Nórdico alto, forte, de cabelos loiros e olhos azuis. E o legal, é que a contradição está justamente no comportamento dele, que é um homem sem escrúpulos, caráter ou princípios. O filme brinca com o conceito do que é bonito ou feio. 
Atualmente escuto muitas mulheres solteiras reclamarem que falta homem no mercado, mas quando perguntamos o tipo de homem que estão procurando é que percebemos o real problema. As mulheres querem a combinação de Shrek e Encantado, ou seja, um homem que só tem qualidades; que seja belo, sarado, alto, que tenha princípios, caráter, e ainda seja atencioso, gentil, etc. Acontece que esse homem, se é que ele existe, seria apenas uns 5% da população masculina e já estaria casado ou comprometido. Eu chamo esse comportamento de síndrome de Cinderela. Ela fica aguardando o príncipe que nunca virá porque na verdade ele não está disponível - já que as mulheres sem a síndrome já trataram de "agarrá-lo". Ela acredita ser uma princesa, também repleta de qualidades e merecedora deste príncipe maravilhoso, e fica vivendo um conto de fadas. Mas um dia a idade chega e ela acorda do sonho; e neste momento percebe ao seu redor que suas amigas estão todas felizes, cada qual com seu Shrek.

Pronto, está dito!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Horóscopo

Os nascidos a 17 de maio são conservadores, extremamente organizados, responsáveis e talhados para administrar principalmente os negócios dos outros. Aproveitam bem as lições da vida e aprendem tudo com facilidade. Gostam de viajar e, longe do lugar onde nasceram, são mais bem sucedidos. São radicais em seus pontos de vista e teimosos. Exigem de si mesmo e dos outros a perfeição. Lutam contra a mentira e a injustiça.
Sua natureza é prática, econômica, conservadora em muitos sentidos, e sem dúvida, vivem sempre no presente. Têm a tendência de deixar que o futuro se encarregue de si próprias; isso, por causa da fé que alimentam, de que a justa recompensa virá ao seu encontro.
Não se envolvem facilmente em brigas, discussões e polêmicas. Uma coisa que apreciam é passar longo tempo em meditação. Em muitos sentidos, são pessoas honradas, cuidadosas e moralmente retas, de caráter puro e íntegro, mas frequentemente correm o risco de serem mal interpretados.
Tem um intelecto muito vívido e inclinação para ocupações ou negócios que lhes permitam usar mais a mente e os dedos, do que os músculos: isto é, raciocínio rápido, falar fluente e mãos ágeis lhes serão de grande utilidade. Podem trabalhar no comércio, com vendas. Também podem ser artistas, atores, administradores, economistas, agrônomos, engenheiros, bem como gerentes.
Ao permanecerem por muito tempo num só lugar sofrem pela monotonia; entretanto, exteriormente, estas pessoas procuram a permanência em algum lugar ou em algum conjunto de condições, mas aquela inquietude interior que lhes é característica fará com que se sintam insatisfeitas e procurem nova guarida.
Procuram apreciar todas as fases da vida. Tudo aquilo com que se associam, é de natureza mais delicada, refinada e sentimental. São, por natureza, dotadas de temperamento suave, de grande otimismo, com espírito aventureiro e responsável ao mesmo tempo, de boas maneiras, e gostam de ser bem recebidas e bem consideradas. Há nelas um desejo de procurar novidades e os prazeres efêmeros da vida humana, que sejam sadios, e ao mesmo tempo, cheios de alegria e felicidade. Mas há também outro desejo que é igualmente forte no campo das Ciências e das coisas práticas da vida.
Muitas vezes poderão ter duas ocupações ou desfrutar de dois passatempos simultaneamente, a ponto de dar a impressão de que há quase sempre, um dualismo na maneira de viver e de se expressar.

Pronto (ou será até que enfim?), está dito!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Somos produto do meio

Somos diretamente influenciados pelas opiniões, pontos de vistas e atitudes de nossos amigos e familiares. Obviamente, quanto mais próximos, maior a influência.
Acreditamos que nossas ações acontecem simplesmente por vontade própria, mas ao longo do tempo vemos vários casos de sucesso onde amigos foram bem sucedidos juntos, um puxando o outro, tornando o sucesso inevitável.
Na minha vida, tive sorte de ter encontrado muitos amigos que me ajudaram a me tornar uma pessoa melhor. Hoje em dia, muitas das minhas características, sejam qualidades ou defeitos, vieram dos meus familiares e amigos mais próximos. Isso pode ajudar, mas também atrapalhar. 
Vários colegas de infância, pessoas inteligentes que conheci e que acreditava ter um futuro brilhante, se deixaram influenciar por amizades que não eram boas. Em pouco tempo, perderam grandes oportunidades na vida por vícios causados por essas amizades. As amizades erradas os levaram para um destino muito diferente do que poderiam ter. Para se igualarem aos amigos, eles absorveram os defeitos e ignoraram suas qualidades.
É o meio influenciando a vida das pessoas.
Somos peças importantes na vida de nossos amigos. Novos amigos surgem e você acaba se afastando naturalmente de quem não agrega mais nada em sua vida.
Tudo isso corrobora um velho ditado popular: “Diga-me com quem andas e te direi quem és”.

Pronto, está dito!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Personagens do mundo corporativo II - O porco e a galinha

O porco está comprometido com o bacon e a galinha está envolvida com o ovo. Você já ouviu esta frase? Pois bem, ela remete à história do porco e da galinha, uma fábula que fala sobre envolvimento e comprometimento. Então fica a pergunta: quem está envolvido e quem está comprometido? 
Seja nas empresas, na sociedade ou na família, conseguimos distinguir esses dois grupos: os envolvidos e os comprometidos. Parece ser a mesma coisa, mas não é. Na fábula, se a tarefa não fosse cumprida, bastava à galinha botar um ovo; diferente do porco que teria que entregar o bacon. Por esta razão, o porco se dedicava na tarefa atribuída pelo fazendeiro. Bem sutil né?
Na vida real, os envolvidos assumem somente as responsabilidades da sua função e quando recebem mais funções reclamam que estão sendo explorados ou não mostram interesse na execução delas. Os comprometidos assumem as responsabilidades necessárias para atingir os objetivos coletivos e vêem novas tarefas ou funções como ótima oportunidade de aprenderem mais. Os envolvidos sempre querem ser reconhecido pelo que faz. Os comprometidos sempre reconhecem quem faz. Para os envolvidos sempre há problemas e dificuldades. Para os comprometidos, sempre há soluções e energia para enfrentá-los. O envolvido toma espaço. O comprometido constrói o seu espaço. A relação com um envolvido é de curto prazo, enquanto que com o comprometido consegue-se manter uma relação de longo prazo.
E você… é comprometido com o que faz, com sua família, com seu trabalho, com a alegria dos que estão próximos de você? Ou é só mais uma galinha no poleiro? 

Pronto, está dito!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Diferenças básicas entre gêneros

Vários costumes vem se alterando ao longo dos anos mas ainda podemos dizer que são muitas as diferenças que caracterizam homens e mulheres. Para começar, as rugas são traços de caráter para o homem mas as mulheres usam todo tipo de creme para escondê-las. E o tamanho da barriga? Para homens de meia idade são sinal de prosperidade, já as mulheres correm para a academia. Nossos cabelos brancos são considerados charme enquanto elas frequentam o salão de beleza para pintá-los
E não para por aí. Temos uma porta do armário; todas as outras são delas. Três pares de sapatos já nos bastam enquanto elas tem uma coleção. Não tem problema se na festa aparecer alguém com roupa igual. Usamos o mesmo corte de cabelo durante anos, até décadas, sem problemas.  
Com os amigos, basta meia dúzia de cervejas geladas e um jogo de futebol na televisão para passarmos horas divertidas. Se um amigo nos chama de gordo, careca, etc, isso não abala em nada a amizade. 
No ambiente de trabalho existe uma competição extremamente forte entre elas que não me sinto a vontade de comentar pois ainda não entendi muito bem como funciona e porquê isso acontece. 
Isso tudo sem falar no sagrado churrasquinho do final de semana onde só precisamos de carvão, carne, sal grosso, faca e uma tábua. Para limpar os dedos usamos as calças. Seria uma caricatura ou a dura realidade? 

Pronto, está dito!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Fases da morte

Existe um certo tabu em nossa sociedade quando o tema é a morte. Ninguém gosta de falar muito sobre ela e muito menos se prepara para ela. A morte é algo natural, inerente à vida. Estão intrinsecamente ligados. Não vejo problema algum escrever sobre ela, aliás pode até ser divertido. Mas, por hoje, vou apenas comentar sobre as fases que antecedem a ela.
Analisando friamente, qualquer pessoa que recebe a notícia que vai morrer passa por 4 fases.
A primeira delas é a Negação. Ela ajuda a aliviar o impacto da notícia além de reequilibrar o emocional do indivíduo já que o baque é muito grande. Geralmente ocorre com pessoas informadas abruptamente. 
Logo após chega a Raiva. Nesse momento, a pessoa já assimilou a situação, mas não se conforma com a condição e se revolta. Tenta arranjar um culpado por sua condenação. Geralmente se mostra muito arredio, reclamando de tudo e de todos ao redor, e na verdade o que procura é atenção.  
E não demora muito para chegar a Negociação. Aqui, o moribundo tenta negociar, em vão, o prazo de sua morte através de promessas e orações. A pessoa ainda não se dá por vencida e tenta vencê-la a todo custo.  
Por fim, entra em cena a Aceitação. Finalmente percebe o fim próximo e faz uma revisão da sua vida enquanto aguarda a evolução natural de sua doença. Poderá ter alguma esperança de sobreviver, mas não há angústia e sim paz de espírito e tranquilidade. Procura terminar o que deixou pela metade, fazer suas despedidas e se preparar para morrer. 
Devemos lembrar que a morte faz parte da vida e que ninguém vai conseguir fugir dela.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Coleção de frases

Quero compartilhar com todos as frases que sempre me inspiraram. São de diversos autores e me foram úteis em vários momentos da vida. 
De Walt Disney: 
Para começar, pare de falar e comece a fazer. 
Gosto do impossível porque lá a concorrência é menor. 
Se você pode sonhar, você pode fazer.
De Albert Einstein: 
Alguém que nunca cometeu erros nunca tratou de fazer algo novo. 
O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. 
A educação é o que sobra depois que gente se esquece do que aprendeu na escola. 
O segredo da criatividade é saber esconder suas fontes. 
O valor de um homem deve medir-se pelo que dá e não pelo que recebe. Não se converta em um homem de sucesso senão num homem de valores. 
De Platão: 
Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro. A real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz. 
Os homens são como os vinhos: a idade azeda os maus e apura os bons. 
De Buda: 
Por mais que na batalha se vença a um ou mais inimigos, a vitória sobre a si mesmo é a maior de todas as vitórias. 
De Dalai Lama: 
O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância. Todo o meu saber consistem em saber que nada sei. 
De Thomas Edison: 
Talento é 1% inspiração e 99% transpiração. 
Boa sorte é o que acontece quando a oportunidade encontra o planejamento. De Thomas Jefferson: 
Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho. 
E o que eu mais aprecio, vem de Jean Cocteau: 
Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.

Pronto, está dito!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sisteminha

Há muito tempo atrás, a Microsoft apresentou um sistema operacional chamado DOS que foi um sucesso. Era simples, não muito fácil de usar e mesmo assim lançou a Microsoft à condição de empresa mais valiosa do planeta. 
Mais recentemente, uma outra empresa lançou um "sisteminha" que consiste basicamente em um navegador de internet com uma tela branca, uma caixa de texto e um botão para consultar que é um sucesso. Desde então a Google se juntou à Microsoft no rol das empresas mais valiosas do mundo. 
O que será que o ICQ, Skype, Youtube, Facebook, Whatsapp e tantos outros aplicativos de sucesso espalhados no mundo e no tempo têm em comum? Interessante o fato de não me recordar de nenhum "sistemão" (aquele com vários módulos, telas, opções de configurações, e acesso a um imenso banco de dados) que foi ou é elogiado. Queria me lembrar de pelo menos um que tenha obtido um sucesso estrondoso. Ah sim, tem aquele da SAP mas eu não acho lá grandes coisas.
Não sei quanto as outras pessoas mas eu prefiro os sisteminhas.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Reforma política

Semana passada um leitor assíduo do meu blog, Gabriel Alcântara, me lançou um desafio. Pediu que eu falasse sobre o financiamento de campanha. Eu disse que o assunto era delicado mas que faria um post; como é ano de eleição não tenho como evitar o assunto.
Pois bem, como todos sabem o país precisa crescer de maneira sustentável, não somente pelo consumo das famílias, este modelo está esgotado. Para isso precisamos de uma reforma tributária, judiciária, previdenciária, e forte investimento na educação (com qualidade). Acontece que sem uma reforma política não se faz as outras. E porque não? Porque todo governo eleito no Brasil não tem maioria no congresso para votar as reformas. A partir daí começam as negociações (com acordos escusos) com os outros partidos para se conseguir votar as matérias de interesse no congresso. Isso sem falar no rabo preso com quem financiou sua campanha e querem que fique tudo do jeito como está. Como consequência disso, temos uma corrupção que corre solta e o povão, ignorante, só pensa no churrasquinho do fim de semana.
O financiamento de campanha pode e deve existir para pessoa física e jurídica mas um teto deve ser estabelecido para que os partidos não tenham uma "dívida" com quem colabora com a campanha. Os partidos de aluguel também deveriam ser extintos e o voto distrital misto poderia ser discutido.
Queremos que o estrangeiro nos respeitem, até estamos fazendo uma copa do mundo para provar a nossa (in)competência, mas precisamos nos respeitar antes de exigi-lo de outros.

Pronto, está dito!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ayrton Senna do Brasil

Fazia muito tempo que a seleção brasileira de futebol não ganhava a copa do mundo e foi nesse meio tempo que surgiu um grande talento das pistas de corrida de Fórmula 1: Ayrton Senna. 
Ele começou guiando um carro da Toleman, uma verdadeira carroça em relação aos demais carros que corriam na época, e mesmo com um equipamento inferior ele conseguiu ganhar a corrida de Mônaco, uma das provas mais difíceis ainda hoje. Pena que a prova foi interrompida na volta que ele ultrapassou Prost, o piloto que liderava a corrida. Sim, ele não ganhou oficialmente a prova mas para todos os que assistiram aquela corrida sabem que ele foi o vencedor moral. 
Depois dessa proeza todos começaram a prestar atenção naquele talento que surgia. E era um show garantido. Eu acordava de madrugada para assistir suas corridas. Afinal, suas vitórias eram importantes para combater o complexo de vira-latas do brasileiro. O Brasil passava por um momento difícil, a auto-estima do brasileiro comum estava baixa e o Senna trazia alegria para o povo. Sempre que ele ganhava uma corrida aparecia um brasileiro com uma bandeira do Brasil para oferecer a ele. Era um imenso orgulho vê-lo desfilando com o carro e a bandeira. Ele uniu o povo brasileiro como há muito não se via. Desde a copa de 1970 que não acontecia algo tão importante. Com sua morte em 1994, uma tristeza enorme tomou conta do país que só amainou quando acabamos com um jejum de 24 anos sem ganhar uma copa do mundo. 
E por toda sua contribuição só me resta terminar com uma frase:
Obrigado Ayrton Senna do Brasil.

Pronto, está dito!

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Noé - O filme

Esta semana circulou pela internet uma sinopse de filme ridicularizando a estória de Noé. Segue o texto: “O filme conta a história de Noé (Russell Crowe), um ancião de 600 anos que resolve construir um barco após ouvir Deus dizer que mandaria um dilúvio para afogar toda a humanidade, inclusive idosos, enfermos, jovens, crianças, grávidas e bebês. Noé e seus filhos, que possuíam aproximadamente 100 anos, passam a ser responsáveis por acondicionar na embarcação, mesmo diante da impossibilidade física, quase 10 milhões de animais (incluindo os de continentes ainda não descobertos), que desafiavam as leis da natureza não comendo outros animais e se adaptando ao clima diferente do encontrado em seus ambientes de origem. Após serem os únicos sobreviventes do dilúvio, pois todas as outras pessoas que também possuíam barcos morreram afogadas, a família de Noé tem um novo desafio, repovoar o planeta através do incesto e dar origem a povos de diferentes etnias como negros, pardos, asiáticos, etc”.
Os ateus e os “atoas” sempre utilizam da leitura ao pé da letra para tentar invalidar e distorcer o conteúdo da Bíblia, fazendo parecer idiotas os que nela acreditam. Acontece que na época que ocorreram os fatos, não havia internet, jornal, rádio, a mídia, e por esta razão não se sabia que havia outros povos vivendo no mesmo planeta. Também deve ser levado em conta o fator do telefone sem fio, onde cada um que conta aumenta um conto. E essa estória foi repetida milhões de vezes por milhares de anos, passadas de geração em geração. Imaginem quantas alterações foram introduzidas no roteiro original. 
É obvio que a estória do Noé não ocorreu da forma como está descrita na Bíblia, mas isso não invalida a mensagem nela contida. Acho que a Bíblia merece um pouco mais de respeito (e o Noé também!).

Pronto, está dito!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Futebol

Toda criança é praticamente obrigada a escolher seu time de futebol. É o primeiro casamento do homem e sem direito ao divórcio. Carregamos essa escolha até o fim de nossos dias. Eu escolhi o Palmeiras para não magoar meu pai e meus tios que torcem pelo Santos, São Paulo e Curíntia. Fui comemorar um título dele depois de adulto pois naquela época meu time amargurou um jejum de 18 anos.
Recentemente a CBF reconheceu 2 torneios anteriores ao formato do Campeonato Brasileiro iniciado em 1971 e, dessa forma, fazendo justiça com o maior jogador de todos os tempos, o Pelé. Digo isso porque antes do reconhecimento, o Rei Pelé não constava como campeão brasileiro nem como artilheiro; apesar de ter feito mais de 1000 gols no Brasil (1281 em toda a carreira). Acredito que todos os torcedores acham mais do que merecido este reconhecimento. Os torneios Roberto Gomes Pedrosa e a Taça Brasil foram oficializadas pela CBF em 2010 também como Campeonatos Brasileiros. Ao todo são 10 conquistas do Palmeiras, com destaque maior para seus 8 títulos nacionais: 4 do Campeonato Brasileiro (1972, 1973, 1993 e 1994); mais 2 da Taça Brasil (1960 e 1967) e 2 do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969). Além destes campeonatos, o Palmeiras já venceu as Copas do Brasil de 1998 e de 2012.
Ao lado do Santos é o maior campeão da série A, com 8 títulos. Além disso, foi um dos poucos times a se sagrar campeão numa época em que o Santos de Pelé ganhava tudo. Acha pouco? Eu não. Meu casamento vai muito bem, obrigado.

Pronto, está dito!

terça-feira, 11 de março de 2014

Feminismo

Este post é uma adaptação de um texto que circulou na internet tempos atrás de autor desconhecido.
Era tudo tão bom no tempo das nossas avós. Elas passavam o dia a bordar, trocando receitas de molhos, temperos, remédios caseiros, bolos, doces, lendo bons livros, decorando a casa, plantando flores, colhendo verduras, legumes e ervas da horta, educando as crianças, frequentando saraus, ufa que vida agitada.
Mas aí veio uma fulaninha qualquer, que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contaminou várias outras rebeldes inconsequentes com ideias mirabolantes sobre o direito das mulheres. E a fulaninha tinha nome. Era Beth Friedman. Ela publicou, em 1963, o livro A Mística Feminina, um best-seller que foi o estopim do feminismo.
Elas queriam apenas conquistar seu espaço. Mas que espaço minha filha?! Vocês já tinham a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens. 
Essa brincadeira de feminismo acabou por enchendo as mulheres de deveres. Por que um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com os homens? Agora são fiscalizadas e cobradas por si mesmas. Tem que estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, etc. Tornaram-se supermulheres. Ganharam também o direito a jornada dupla. Quando chegam em casa depois de um dia de trabalho árduo, ainda tem que encarar as tarefas do lar (lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos) da mesma forma. E ainda tem que dividir as despesas da casa, passar horas no trânsito, passar o dia na frente do computador resolvendo problemas. Sobrou, ainda, o ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher quais roupas e sapatos vestir.
Sabe quem mais lucrou com essa estória toda? Os grandes capitalistas da época pois ganharam mão de obra barata e farta. Precisou que 50 anos se passassem para que o equilíbrio de salários fosse alcançado. 
Não seria muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?

Pronto, está dito!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Felicidade

O ser humano sempre está em busca da felicidade. Mas quem foi que disse que todos tem direito à felicidade? 
Digo isso porque tem pessoas que apesar de tentarem a tal busca, estão sempre reclamando que a vida não é justa, que as coisas nunca dão certo, que não merece isso e aquilo outro. Acontece que, para essas pessoas, a felicidade  realmente não chega. É como se fosse uma profecia auto-realizável. Elas ignoram a força das palavras e do pensamento positivo. Então, ao ficarem praguejando e pensando negativamente sobre tudo que acontece, elas acabam por boicotando a si mesmas. Para elas a vida é um martírio e será assim até o fim.
Basicamente a felicidade é um balanço entre realidade e expectativas. Se a realidade supera as expectativas nasce o sentimento de felicidade, mas se ocorre o contrário disso e a realidade fica abaixo da expectativa, o sentimento de frustração e decepção toma conta da pessoa e a felicidade não encontra espaço.
Existe ainda o problema da comparação. É muito comum, e até normal, que o ser humano compare sua situação com o vizinho. Vou exemplificar para deixar claro como isso funciona. Suponha que você obteve uma aumento de 20% no salário. Isso o deixa muito feliz. Mas e se você souber que todos os integrantes da sua equipe receberam um aumento de 50%? Sua felicidade acabou neste exato momento. 
A tão desejada felicidade realmente não é tarefa fácil para a maioria e missão impossível para outros.

Pronto, está dito!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A vida começa aos 40?

Quem me conhece sabe que fiz 40 anos recentemente. Uma das frases que mais ouvi foi: Parabéns! A vida começa aos 40! 
Será que alguém realmente acredita nisso? Francamente eu não concordo, aliás se alguém acredita é porque teve uma vida medíocre até os 40 e fica repetindo a frase para os outros com o intuito de diminuir seu sentimento de fracasso. Ao invés disso, deveria aproveitar o ocasião para mudar o rumo da vida já que o resultado obtido até o momento foi um verdadeiro desastre.
Para quem se enquadra nesse caso, perdeu totalmente sua juventude e boa parte de sua vida adulta saudável. Como a expectativa de vida está atualmente em 76 anos fica restando pouco tempo para resgatar o período perdido justamente num momento onde o vigor físico já não é o mesmo e começam a pipocar os problemas de saúde. E a tendência deste quadro é piorar. 
Valorizar o tempo e saber como gastá-lo é o que realmente importa principalmente na cidade grande onde a vida é muito intensa e a sensação que o tempo passa rápido demais fica evidente.
Por isso devemos viver a vida em toda sua plenitude seja aos 20, 30, 40 ou qual idade for; sem culpas ou desculpas, devemos nos arrepender somente daquilo que não fizemos. 

Pronto, está dito!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Personagens do mundo corporativo - Procrastinador

Ao longo de vários anos venho acompanhando os diferentes tipos de profissionais que trabalharam direta ou indiretamente comigo.
O primeiro tipo que me chamou atenção foi aquele que sempre deixa tudo para o último momento. Os prazos vivem estourando e o serviço sempre acumulando. O pior é que os colegas de equipe acabam pagando a conta. Este tipo vive arrumando desculpas para os atrasos. E as desculpas deles são as mais variadas:
- “Vou deixar para fazer quando estiver inspirado.”
- “Ainda tenho tempo suficiente para fazer o projeto.”
- “Nem sabia por onde começar.”
- “Trabalho melhor sobre pressão, por isso vou deixar para a última hora.”
- “Tenho mil coisas para fazer antes disso.”
E apesar do projeto para ser entregue e uma porção de trabalho a ser feito, ele primeiro lê as manchetes do jornal, porque é preciso estar por dentro do que acontece no mundo. Depois, checar o correio, depois o cafezinho, etc.
Esse tipo gosta de empurrar com a barriga, de matar o tempo fazendo as coisas que dão prazer, deixando de lado aquelas que são pura chateação. Não há nada errado em adiar, de vez em quando, uma tarefa chata como fazer um relatório ou consolidar uma planilha enorme. O problema é quando usamos desse subterfúgio todo dia. 
Essas pessoas não sabem gerenciar o próprio tempo e não tem interesse pelo que fazem. E o melhor é que ao deixar tudo para a última hora e não dar conta do recado, o chefe sempre arruma outro trouxa para ajudar a terminar o trabalho. 
E esse comportamento tem nome: Procrastinar.
E se você está lendo este post no trabalho, cuidado para não ser um deles.

Pronto, está dito!