domingo, 7 de fevereiro de 2016

Milho aos porcos

No meio de uma aula em uma universidade, um dos alunos, inesperadamente perguntou ao professor:
- Você sabe como se capturam os porcos selvagens?
O professor achou que era uma piada mas ficou curioso e deixou o jovem prosseguir.
- Primeiramente localizamos um lugar na floresta onde eles costumam frequentar. Depois colocamos um pouco de milho no local diariamente. Assim, os porcos selvagens vêm diariamente comer o milho e, enquanto se acostumam com a comida fácil e farta, você constrói uma cerca no entorno do local onde eles se acostumaram a comer, um lado de cada vez, pouco a pouco, até instalar os quatro lados do cercado em torno dos porcos. Ao final instala uma porta no último lado deixando-a aberta. Os porcos já estão habituados ao milho fácil e às cercas e assim começam a vir sozinhos pela entrada. É aí que você fecha o portão e captura a todo o grupo.
E assim os porcos perdem sua liberdade. Eles começam a correr em círculos dentro da cerca, mas já estão presos. São adestrados e esquecem como é caçar por si mesmos e assim aceitam sua sina de escravidão; mais ainda, mostram-se gratos com seus algozes e, por gerações, vão felizes ao matadouro. E nem desconfiam que a mão que alimenta é a mesma que lhes abate.
O jovem comentou com o professor que era exatamente isso que eu via acontecer no seu país, no seu estado, em sua cidade, com o seu povo. Governos populistas em seus projetos ditatoriais, escondidos sob o manto Democrático, lhes esteve jogando milho por tempo suficiente para alcançar a mansidão dos porcos cevados.
E esse "Governo Salvador", dito do povo, disfarça em programas sociais suas esmolas, dá dinheiro que tira do bolso do próprio trabalhador, realiza programas de bem-estar social, festas, pão e circo!
Toda essa benesse oferecida por lobos disfarçados de políticos para um povo acostumado com as migalhas do milho fácil e farto tem como consequência o roubo da nossa capacidade de sermos críticos e empreendedores.
O fim da estória é o que estamos vendo agora: recessão, depressão, desemprego, miséria e a destruição da riqueza do país. Resta a pergunta: Com que dinheiro se compra o milho agora?

Pronto, está dito!